Em decreto publicado nesta segunda-feira (25/4) no Diário Oficial, a Prefeitura do Rio criou a Comissão Curatorial Especial para indicação de artistas consagrados pela crítica especializada ou pela opinião pública, nacionais ou estrangeiros, para a aquisição de obras de arte monumentais para espaços públicos do Rio de Janeiro. Vinculada à Secretaria de Planejamento Urbano, a comissão será composta pelo arquiteto e urbanista Lauro Cavalcanti; a cientista social, historiadora e curadora de arte Vanda Klabin; o documentarista Marcelo Dantas; a curadora de arte Keyna Eleison ; o doutor em filosofia e crítico de arte Luiz Camillo Osório; e a curadora e crítica de arte Luisa Duarte.
Os integrantes da Comissão Curatorial Especial não serão remunerados e terão até 45 dias para apresentar ao município, no mínimo, os nomes de três artistas consagrados pela crítica, estrangeiros ou nacionais, para confecção de obras de grande porte; no mínimo, três nomes para obras de médio porte; e as diretrizes para realização de um concurso nacional para jovens artistas, ainda não consagrados, a ser implementado pela Prefeitura.
A Comissão terá ainda que sugerir locais para a instalação das obras de arte na região central do Rio, ou outras localidades (desde que justificadas). A ideia é que as obras de arte fiquem expostas em locais públicos de grande circulação.
O decreto levou em consideração que a pandemia de Covid-19 teve grande impacto negativo na vida cultural das cidades, especialmente pela impossibilidade de usufruto do espaço público; e que “o Rio de Janeiro se notabiliza historicamente pelo contato social em espaços abertos e pela criação de bens culturais associados à paisagem natural e urbana e à celebração do convívio”.